Estudos que vão indicar áreas promissoras no Brasil serão divulgadas até dezembro
Os primeiros levantamentos oficiais sobre o potencial do subsolo brasileiro para disputar o valioso mercado mundial dos metais das terras-raras começam a chegar neste ano às mãos dos investidores. Dados aerogeofísicos e mapas que estão sendo preparados pelos técnicos da CPRM/Serviço Geológico do Brasil, empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, vão indicar áreas promissoras de ocorrência desse grupo de 17 elementos com aplicação nas indústrias de alta tecnologia. Até dezembro, serão disponibilizados os estudos da etapa inicial do projeto, orçado em R$ 4,5 milhões.
Depois da região amazônica, a CPRM, antiga Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, deu início aos levantamentos no estado, informou Roberto Ventura, diretor de Geologia e Recursos Minerais da empresa. “O Brasil pode participar com áreas promissoras no comércio internacional, mas muito ainda tem de ser feito nessa direção”, afirma. Também foram concluídos os levantamentos de mais de 1 mil amostras de concentrados de minerais coletadas no Quadrilátero Ferrífero – antiga província mineral da Região Central de Minas –, com ocorrências de ferro, manganês, ouro, gemas coradas e terras-raras em 170 municípios.
No estado, pesquisadores avaliam amostras de sedimentos coletados desde os anos 60 e que podem ser processados para o estudo de terras-raras. O acervo está reunido na Litoteca da CPRM em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e programa está sendo financiado com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Os estudos deverão acelerar iniciativas na área de terras-raras desenvolvidas pela iniciativa privada. A Salomão Empreendimentos Minerais é uma das empresas que busca parceiros. Segundo o dono do negócio, Rômulo Mansur, amostras superficiais estão sendo colhidas em uma extensão de áreas que chega a 28 mil hectares, contemplando 66 requerimentos minerários. Os documentos se estendem aos municípios de Vazante, no Noroeste de Minas; Belo Vale, Moeda e Jeceaba, na Região Central de Minas. “Pretendemos investir em terras-raras, mas o Brasil precisa definir incentivos nessa área”, diz Mansur.
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