segunda-feira, 23 de abril de 2012


Projeto Carnalita irá gerar 5 mil empregos


O governador Marcelo Déda recebeu a notícia de que o conselho de Administração da Vale havia aprovado o contrato com a Petrobras para arrendamento das jazidas de Carnalita (Potássio) de Sergipe. A informação veio do presidente da mineradora, Murilo Ferreira, que por meio de uma ligação fez questão de comunicar ao governador do Estado que a empresa já está pronta para dar início ao investimento de US$ 4 bilhões. Com isso, abre-se um novo ciclo virtuoso para a economia de Sergipe, comparável ao estabelecido com a chegada da Petrobras nos anos 60. O Projeto Carnalita deve gerar cinco mil empregos durante sua fase de implementação e outras 700 vagas permanentes quando entrar em operação. 
"É uma das mais importantes notícias da nossa história econômica. Sergipe é o único estado produtor de Potássio do Brasil. Com o Projeto Carnalita, nós vamos duplicar a produção brasileira desse minério, reduzindo a nossa importação de fertilizantes, economizando divisas e fortalecendo a agricultura brasileira", afirmou Déda em entrevista ao blog Rádio do Moreno, assinado pelo jornalista de 'O Globo', Jorge Bastos Moreno. 
Conforme o governador, a novidade consistirá no maior investimento privado da história sergipana. "Finalmente se encerra uma novela de quatro anos de luta enfrentada por este modesto governador. A presidente Dilma foi fundamental, figura central, para resolver o impasse entre as duas gigantes. O assunto foi o tema central da minha primeira audiência com ela", acrescentou Déda, lembrando que logo em sua primeira reunião com a presidenta recém-eleita já colocou a resolução do impasse como uma das prioridades. 
"Eu disse: 'presidenta, nessa briga entre o rochedo da Vale e o mar da Petrobras, Sergipe não aceita o papel de Ostra!', e ela: 'Não se preocupe, nós vamos resolver. A reivindicação de Sergipe é do interesse do Brasil’”, revelou o governador, antecipando que na próxima segunda-feira, 13, estará na cidade do Rio de Janeiro, onde participará da posse da nova presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, e logo em seguida irá se reunir com o presidente da Vale. 

Aprovação 

A informação noticiada em todo o país é de que o conselho de administração da Vale aprovou a assinatura de contrato de arrendamento de ativos e direitos minerários de potássio junto à Petrobras por um período de 30 anos, permitindo a continuidade da lavra de potássio em Taquari-Vassouras e o desenvolvimento do projeto Carnalita, no Estado de Sergipe. 
"O contrato de arrendamento viabilizará o prosseguimento das operações de Taquari-Vassouras, única produtora de potássio do Brasil e uma das duas únicas da América do Sul, a finalização do desenvolvimento do projeto de potássio Carnalita, ainda sujeito à aprovação do Conselho de Administração da Vale, e o estudo e desenvolvimento de outras áreas contidas na concessão", informa a nota emitida pela Vale. 

Empenho 

Seja em audiências com a presidente Dilma Rousseff ou trabalhando junto ao Governo Federal para pôr fim ao imbróglio entre Vale e Petrobrás, o governador Marcelo Déda não vem medindo esforços ao longo dos últimos cinco anos para que haja um acordo entendendo a importância da exploração do minério para a economia do estado e para impulsionar a cadeia produtiva de fertilizantes do país. 
A mais recente investida do governador para que o acordo entre Vale e Petrobrás venha a ser concretizado ocorreu no último dia 16, quando Déda se reuniu com o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielle, na sede da empresa, no Rio de Janeiro. Na oportunidade, o governador colocou o entendimento entre as empresas como o primeiro ponto a ser discutido. Gabrielle então informou que as negociações encontravam-se em fase adiantada, sendo que diversos aspectos que precisavam ser negociados entre a Petrobras e a Vale já havia sido superados. 
Pouco antes disso, no mês de dezembro, o governador entregou oficialmente ao gerente Geral do Projeto Carnalita, Juri Abbatantuono, a Licença de Instalação para a construção da usina que fará o beneficiamento do minério. Em 19 de maio de 2011, o governador se reuniu com o diretor executivo da Vale no país, Francisco Cisne, ocasião onde foi assegurada a continuidade dos investimentos previstos no Projeto Carnalita, mesmo com a iminente mudança na presidência da companhia. 
O prazo de construção da usina é estimado em quatro anos, estando previsto o seu funcionamento para agosto de 2016. A usina vai operar no primeiro ano com uma produção de 1,2 milhão de toneladas de cloreto de potássio, passando, no segundo ano de operação, para 2,4 milhões de toneladas. 

Fonte: ASN

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