sexta-feira, 27 de abril de 2012


Indústria de mineração deverá oferecer 150 mil vagas até 2015



Salários de iniciantes na área podem girar entre R$5 mil e R$6 mil. Quando se pensa na indústria de mineração, logo vem à mente o árduo trabalho de quem atua em galerias subterrâneas. Segundo especialistas, essa imagem pré-concebida sobre o setor, entre outros fatores, acaba afastando interessados em trabalhar na área, que vive fase de aquecimento no Brasil.  
Segundo previsões do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), até 2015, aproximadamente 150 mil vagas de emprego, concentradas principalmente nos estados do Pará, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Maranhão, deverão ser geradas.
— Mas ainda existe falta de informação, principalmente por parte de muitos jovens, que não entendem a abrangência da mineração e acabam pensando que se resume às minas — diz Denise Retamal, diretora executiva da Rhio’s Recursos Humanos, que atua há mais de 25 anos na indústria de mineração.
  
Outro equívoco está relacionado com as profissões necessárias ao setor, normalmente associado apenas a engenheiros e geológos. Essas são, de fato, as duas maiores demandas, mas também existe espaço para outras formações.
  
— Desde especialista em recursos humanos, passando por especialista em comunicação corporativa, até o administrador para atuar em planejamento de custos e obviamente técnicos em mineração, por serem um dos mais completos profissionais do setor mineral, formado para atuar com competência tanto no campo profissional, como em situações que envolvem relações interpessoais.Sua atuação múltipla, em pesquisa , lavra e tratamento de minerais.  Essa indústria requer expertise das mais diferentes profissões — ressalta Denise.
  
Como se sabe, o país enfrenta um déficit de engenheiros. Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) registram que o Brasil é um dos que menos formam engenheiros. São 30 mil por ano, enquanto países como Rússia e Índia formam mais de 110 mil profissionais por ano, e China, cerca de 300 mil.

  
— E parece que o problema é ainda maior quando o assunto é escassez de engenheiros de minas. Há poucas escolas no Brasil que ofereçam essa formação — avalia Roberto Avillez, diretor do Departamento de Engenharia de Materiais do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio).
  
Falar bem inglês é condição básica.  
O geológo, outro profissional em falta no mercado, também é muito requisitado pela indústria de mineração.
  
— E engenheiros metalúrgicos, de materiais e ambiental costumam ser bastante absorvidos pelo segmento — acrescenta Avillez.  
O salário de um iniciante nesse mercado gira em torno de R$5 mil e R$6 mil, destaca a diretora da Rhio’s.  
— E, para conseguir um emprego e se destacar nessa indústria, é fundamental falar bem inglês — acentua Denise, endossada por Avillez:  
— Há muitas multinacionais e projetos internacionais. Sem inglês fica difícil — conclui o professor.
  Fonte: O Globo

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