sexta-feira, 27 de abril de 2012

Mineração no fundo mar




Após séculos de exploração, muitos metais preciosos e outros minerais de importância comercial começam a escassear em terra e o mundo se volta para uma nova região quase tão preciosa quanto intocada: o fundo do mar. Pesquisas mostram que no leito dos oceanos repousa uma riqueza que vai muito além do petróleo encontrado em camadas ultraprofundas, como a do pré-sal, mas para chegar nela será preciso superar dificuldades semelhantes às das missões espaciais. A atividade exige muita pesquisa científica e aparelhos caros, principalmente para os minérios em profundidades superiores a 3 mil metros.
As possibilidades de exploração estão levando vários países, Brasil inclusive, ainda que de modo discreto, a uma 'nova corrida do ouro'. E não só por ele ou outras pedras preciosas, mas também por calcário e minérios mais comuns, mas que já faltam nos continentes, como areia e cascalho.

Confira algumas imagens aqui: 



Em profundidades menores, mergulhadores guiam dragas que sugam os diamantes superficiais no solo marinho
navio fazendo dragagem de areia e cascalho do fundo do mar  

Fumarolas (formação vulcânica em solo oceânico) sendo recolhida por braço mecânico. Elas encontram-se em profundidades maiores que 4 mil metros e fornecem os sulfetos polimetálicos

Braço mecânico recolhe amostra de água do mar na região onde os sulfetos polimetálicos são pesquisados

Braço mecânico recolhe ser vivo que habita a região de pesquisa mineral
Funcionários avaliam amostras de solo oceânico
A competição é também por posicionamento geopolítico estratégico. Quem chegar na frente e detiver o conhecimento da tecnologia de exploração poderá exportá-la para o resto do mundo e dominar esse cenário. O Brasil saiu um pouco atrás, mas chega com uma vantagem. Os anos de prospecção para a descoberta do pré-sal levaram a um profundo conhecimento da costa brasileira. 
Em jogo também está a segurança desses procedimentos. Será que a mineração marinha pode ser sustentável? Qual o impacto que ela pode trazer para a ainda pouco conhecida biodiversidade marinha? São questões que ainda dependem de pesquisa, mas preocupam ambientalistas.
Fonte: Revista Galileu Ed. Setembro de 2010
            Revista Unesp Ciência Ed. Junho de 2010




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