quinta-feira, 3 de maio de 2012

Ex-rei da soja descobre reserva de metal raro na Bahia
 Empresário Olacyr de Moraes, da Itaoeste, encontrou no Estado a maior reserva mundial de scandium


 

Conhecido como “rei da soja” por conta do pioneirismo no plantio de soja no Centro-Oeste brasileiro, o empresário Olacyr de Moraes, da Itaoeste, anunciou ontem ao governador Jaques Wagner que encontrou na Bahia a maior reserva mundial de scandium – um mineral raro que é utilizado para a fabricação de foguetes.
A expectativa é de investimento de US$ 30 bilhões (aproximadamente R$ 57 bilhões de reais) na extração e no beneficiamento do minério considerado estratégico. A descoberta ainda não foi anunciada ao Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM).

“Estivemos com o governador para anunciar esta importante descoberta e para dizer a ele que o interesse do nosso grupo é o de desenvolver a cadeia do produto aqui”, explicou o diretor de negócios internacionais da Itaoeste, André Guzman. Segundo ele, o beneficiamento do produto vai exigir um grande investimento, comum significativo impacto positivo para o Estado.

“É um projeto de US$ 30 bilhões, que trará impactos a curto e médio prazos”, garante. Com uma descoberta de vanádio na região oeste, a Itaoeste estima faturar R$ 100 milhões este ano na Bahia. O secretário da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), James Correia, confirmou o anúncio da descoberta durante a abertura do 2º Congresso Internacional de Direito Minerário, no Hotel Pestana.

“Recebemos a notícia de um grande investidor, que diz ter encontrado uma grande reserva de scandium. Segundo ele, trata-se da maior do mundo”, diz Correia. Em entrevista sobre o assunto, o secretário disse que ainda é preciso aguardar a confirmação da descoberta, que deverá ser feita pelo DNPM, mas ressaltou a expectativa positiva do grupo empresarial. “Eles dizem que a descoberta já motivou até uma conversa entre o governo brasileiro e o norte-americano”, contou.
Fonte: Jornal A Tarde

Abaixo entrevista realizada pela Revista ISTOÉ Dinheiro, Edição 19/08/2011, com Olacyr de Moraes, que agora se auto intitula " O Rei do minério e da meninas". kkkkk o que o dinheiro não faz!?

Qual é a sensação de voltar a fazer algo inovador?
Posso dizer que vejo este momento com grande satisfação. Nesta altura da minha vida, o mais importante não é o dinheiro, mas sim o desejo de realizar coisas pelo Brasil. 

O que o levou a apostar na mineração?
Sempre fui ligado à agricultura e achei que deveria investir em calcário. Por sorte, prospectamos áreas onde existem minerais que, de tão raros, não são sequer procurados no Brasil, como o tálio e a volastonita.

Quando foi isso?
Começamos a atuar em 2004. Contudo, a burocracia do Ibama e do Departamento Nacional de Pesquisas Minerais, na concessão das licenças, atrasou demais os projetos. 

O sr. tem dinheiro para desenvolver essas jazidas?
Pretendo me associar a investidores brasileiros e estrangeiros dispostos a apostar no negócio. As perspectivas são muito positivas neste sentido. Porque dispomos de reservas importantes de vários minerais nobres e também de um portfólio diversificado.

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Qual é a sua ambição nessa área?
Quero ser o rei do minério. E das meninas, é claro!

Como o sr. avalia o governo da presidente Dilma?
Trata-se de uma pessoa muito bem preparada e bem intencionada. Vejo que está enfrentando obstáculos enormes para manter a economia nos trilhos. Pelo menos, hoje, o Brasil é a bola da vez, o que facilita um pouco as coisas.

O sr. se arrepende de algo em sua trajetória empresarial?
Não. Sempre fiz o que julguei ser importante para meu País. Mas é certo que paguei o preço do pioneirismo, em várias áreas. Na década de 1950, falar em investir em agricultura no Cerrado era motivo de piada. Provei que era possível e hoje a região é o maior celeiro de grãos do Brasil.

Ainda existem empreendedores visionários no Brasil?
Sem dúvida. Admiro muito o Eike Batista. É uma pena que o sucesso, no Brasil, ainda desperte a inveja de algumas pessoas e ele certamente sofre com isso.

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