quarta-feira, 31 de outubro de 2012

É vital que se redefinam os parâmetros da exaustão mineral real 





Na determinação do lucro real em cada período de apuração as empresas de mineração podem deduzir, como custo ou encargo, a quota de exaustão mineral real, simplesmente conhecida como exaustão real. A exaustão real, assim como a depreciação de ativos físicos corpóreos (máquinas, equipamentos, etc.) e a amortização de direitos com prazo limitado por lei ou contrato, constitui um dos encargos de capital cuja dedução não implica em desembolso efetivo de caixa. Dessa forma, para cada R$ 100 deduzidos de qualquer desses encargos, a empresa tem uma redução de R$ 25 no Imposto de Renda (IR) a pagar, considerando uma alíquota marginal do IR de 25%, sem considerar a redução também da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSL) com alíquota de 9%. Tais deduções afetam substancialmente o lucro operacional anual e, conseqüentemente, a viabilidade econômica dos empreendimentos mineiros.

Apesar de tal impacto, o setor mineral tem convivido por décadas com um erro de ofício, ou seja, há um vício de origem na instituição da exaustão real (Lei nº 4.506 de 1964, art. 59). Trata-se de um dispositivo fiscal que deve ser reexaminado sob pena de continuar inapto para o fim a que se destina.

Possivelmente, o impacto dos benefícios fiscais setoriais e os financeiros dos anos 70 e 80, camuflaram ou amenizaram as implicações deste vício de origem, que persiste até a presente data. No entanto, com a extinção/redução de tais incentivos e com insaciável fúria do FISCO em elevar a carga tributária ano a ano, a redefinição dos parâmetros da exaustão real torna-se imperativa devido as suas implicações para os principais agentes do setor mineral: governo, empresas e sociedade.

Na ótica empresarial, o sucesso da pesquisa mineral resulta no acréscimo do seu ativo imobilizado operacional com a inclusão do correspondente direito minerário (ativo incorpóreo ou intangível), o que repercute na agregação de valor do seu patrimônio, ou seja, da riqueza dos seus proprietários (acionistas, sócios ou proprietários), que é o principal objetivo de longo prazo da empresa. Por outro lado, tal sucesso permite ao governo inscrever mais uma riqueza mineral no tombamento do subsolo do país, ou seja, um aumento do patrimônio mineral brasileiro. Evidentemente, o aproveitamento do recurso mineral descoberto traz benefícios para sociedade em termos de geração de empregos e renda e elevação do bem estar social.

Em contrapartida, o aproveitamento das reservas minerais implica na depleção (redução física das reservas minerais) tanto do ativo operacional da empresa como do patrimônio mineral da União. Desse modo, a forma de apropriação da exaustão mineral é um assunto a ser tratado, da forma mais adequada e justa possível, tanto pelo governo como pela iniciativa privada.

Ressalte-se que a redefinição dos parâmetros citados não é um pleito de incentivo fiscal, como também não é a dedução de qualquer um dos citados encargos de capital. O objetivo é tão somente recuperar parte do ativo imobilizado pela diminuição anual do seu valor com a operação.

Não faz sentido continuar com os parâmetros atuais da exaustão mineral definidos pelo FISCO ainda na vigência do Código de Minas de 1940, dispositivo que não apresentava a definição nem a classificação de reservas minerais. Naquela época, trabalhava-se com os conceitos de reservas provadas, prováveis e possíveis tratadas na literatura de geologia, prospecção e mineração. O atual Código de Mineração (1967) também não apresenta o conceito/classificação de reservas minerais, o que só ocorreu no art. 26 do seu Regulamento (1968) na forma de reservas medidas, indicadas e inferidas. A partir de então, a legislação mineraria vigente passou a dispor dos conceitos técnicos de reservas, que não foram atualizados pelo fisco na definição de exaustão mineral real.

Todo o exposto procura mostrar que as citadas redefinições são inadiáveis, tendo em conta as exigências do planejamento de longo prazo na conjuntura sempre globalizada, da qual governo, empresas e sociedade não podem prescindir de participar.

Ressalte-se que, após a instituição da exaustão real, ocorreram muitos eventos, que afetaram os parâmetros conceituais e a escrituração contábil da exaustão mineral.

O exposto evidencia o caráter inadiável da redefinição dos parâmetros da exaustão mineral real e suas implicações para o setor mineral. A expectativa é de que o assunto seja analisado com maior profundidade e transparência pelos agentes interessados no aproveitamento dos recursos minerais do país, numa visão globalizada e de longo prazo, considerando que cada empreendimento deve ser tecnicamente exeqüível, economicamente viável, ambientalmente sustentável e socialmente justo.

POR:
Petain Ávila de Souza
Engenheiro de Minas, economista, DSc., instrutor do IETEC e consultor independente
Mapeamento geológico vai avaliar o potencial de duas regiões do estado



O Norte de Minas Gerais e o Alto Paranaíba ganharam um programa especial de mapeamento geológico bancado pelo governo estadual em convênio com a UFMG e o Serviço Geológico do Brasil/CPRM, para estudar o potencial de ocorrências minerais das duas regiões consideradas as novas fronteiras da indústria da mineração no estado. O levantamento de dados, que começa no primeiro trimestre de 2013, tem como objetivo identificar reservas de gás natural, zinco, ouro e chumbo na Bacia do São Francisco. Servirá, ainda, como ferramenta auxiliar para as empresas que já estão investindo na busca de gás na porção mineira do Velho Chico. Entre elas estão os grupos Cebasf, Petra Energia e Shell.

Responsável pelo programa, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) definiu um orçamento de R$ 2,6 milhões para os trabalhos nas duas áreas, que se estenderão sobre 67 municípios ao todo, informou o diretor de Mineração e Novos Negócios da empresa, Marcelo Nassif. Outro avanço no conhecimento da riqueza do subsolo está no nível de detalhe dos mapas a ser gerados, na escala técnica de 1 para 100 mil, ou seja, cada centímetro do mapa corresponderá a 1 mil metros de área estudada. “É a melhor escala como ferramenta para conhecermos os depósitos minerais e estimularmos os investidores”, afirma Nassif.

A Codemig acertou toda a rota dos trabalhos com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para dar início em fevereiro do ano que vem aos trabalhos no Alto Paranaíba. A região tem depósitos conhecidos de rochas fosfáticas, zinco e ouro.

TERRAS RARAS 

Um novo negócio anunciado recentemente em Araxá é a exploração dos metais de terras-raras, que receberá investimentos da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e da canadense MBac. Esse grupo de elementos consiste em insumos essenciais na produção de itens de alto conteúdo tecnológico como os iPhones e lasers. O mapeamento consumirá R$ 1,35 milhão, com cobertura sobre 32 municípios.

No Norte mineiro, onde foram descobertas grandes jazidas de minério de ferro, os técnicos deverão contar com a parceria de outra instituição de ensino e pesquisa além da UFMG, conta o diretor de Mineração da Codemig. O projeto está sendo definido pelos parceiros, ao custo de R$ 1,250 milhão e alcançando 35 cidades. Recursos estimados em R$ 8,6 bilhões foram anunciados para a região pelas empresas Sul-Americana de Metais, do Grupo Votorantim, associada à chinesa Honbridge Holdings, ENCR/Bahia Mineração e Vale, para extração de minério de ferro, e pela Mineração Riacho dos Machados, do grupo Carpathian Gold, para produção de ouro.

Cerca de metade do território do estado está mapeada na escala de detalhe que será obtida com os projetos de mapeamento no Norte de Minas e no Alto Paranaíba. “Os depósitos minerais já conhecidos nessas regiões mostram a diversidade geológica do estado e nada impede que nós tenhamos boas surpresas”, disse Marcelo Nassif. À frente de outros estados, a Codemig concluiu no mês passado 95% de cobertura em Minas por meio de levantamento aerogeofísico, somando 181 mil quilômetros cobertos. Os trabalhos vinham sendo feitos desde 2001 para mostrar as anomalias que podem indicar depósitos minerais captadas por aviões contendo sensores localizados nas pontas das asas.

Os técnicos da Codemig preparam a última etapa do levantamento aerogeofísico, orçada em R$ 14,1 milhões, de um bolo de recursos de R$ 40 milhões. Empresa especializada na prestação do serviço deverá ser contratada em fevereiro de 2013 para investigar a região do Triângulo, a última a entrar no programa, em razão de um potencial mineralógico mais modesto. Com o mesmo objetivo de munir o investidor de informações mais completas e organizadas, a empresa lança no início do ano que vem um portal virtual da geologia no estado para facilitar o acesso e a busca de informações geofísicas e geoquímicas disponíveis no banco estadual de dados georreferenciados.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

"O Curso é bem concorrido e a partir de 2013 vamos oferecer 40 vagas da Poli"



No Estado de São Paulo, somente a Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) oferece o bacharelado em engenharia de minas. "O curso é bem concorrido, principalmente porque só tinha dez vagas até este ano. A grande novidade é que a partir de 2013 a Poli oferecerá 40 vagas", conta o coordenador da Faculdade de Engenharia de Minas, José Renato Baptista de Lima.

Segundo ele, São Paulo ocupa a quarta colocação entre os maiores produtores minerários do País, com mais de 1,5 mil empresas. "A intensa produção se deve ao alto consumo de areia e pedra usadas na construção."

Lima afirma os profissionais da área trabalham, principalmente, na indústria mineral. "O setor envolve altos investimentos e riscos, por isso o aluno deve ter perfil empreendedor, ser dinâmico e não ter medo de desafios. Muitas vezes ele será o único engenheiro da empresa."

O professor diz que o mercado de trabalho está excelente. "A última década teve grande procura e uma falta brutal de profissionais. É um setor de grande importância para o Brasil, não só pela quantidade de mineradoras em operação, como pelas minas que ainda serão descobertas, pois o País ainda é um grande desconhecido."

Além de atuar na indústria, esse profissional pode trabalhar com legislação, fiscalização, em instituições financeiras ou em bancos que financiam o setor. "Ele também pode participar de abertura de túneis em rochas, desmonte e demolições de prédios com explosivos e recuperação ambiental." Pode, ainda, desenvolver pesquisa mineral e atuar na área de projetos.

"Outra área interessante e pouco conhecida é a de separação de resíduos contaminados. Neste caso, o profissional separa e recupera o material para posterior uso, ou para uma destinação menos poluente."

A graduação tem estágio obrigatório, assim como todas as demais áreas de engenharia. Neste curso, segundo Lima, ele é substituído pela realização de visitas técnicas.

Salário médio inicial
R$ 6 mil

Duração
10 semestres

Disciplinas
Ciclo básico de engenharia, geologia, pesquisa mineral, lavra de minas, tratamento de minérios, recuperação ambiental, legislação

fonte: Estadão

domingo, 28 de outubro de 2012

Nova mina em Carajás deve entrar em operação no fim do ano
A empresa afirmou que os investimentos excluindo aquisições atingiram US$ 4,3 bilhões no período  


A Vale (VALE4; VALE5) informou nesta quarta-feira (24) que a nova mina em Carajás N5 Sul deve entrar em operação até o final deste ano, segundo comunicado.

Em nota sobre o balanço do terceiro trimestre, a empresa afirmou que os investimentos excluindo aquisições atingiram US$ 4,3 bilhões no período.



A empresa disse ainda que obteve 52 licenças ambientais neste ano para atividades de logística e mineração.
Cetem mostra inovações para aproveitamento de resíduos minerais


Uma pequena mostra das atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação realizadas pelo Centro de Tecnologia Mineral (Cetem/MCTI) estará disponível em seu estande na Tenda do Serviço Social do Comércio (Sesc) na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).

Três maquetes mostraram soluções inovadoras desenvolvidas por pesquisadores do centro, uma unidade de pesquisa do ministério. A primeira ilustra como resíduos gerados a partir da extração e do beneficiamento das rochas ornamentais podem ser empregados na pavimentação asfáltica, minimizando os impactos ambientais.

A segunda mostra em três fases a degradação ambiental e a geração das águas ácidas a partir dos resíduos da mineração de carvão; os estudos com cobertura seca desenvolvidos na Estação Experimental Juliano Peres Barbosa, localizada na região de Criciúma (SC) e a aplicação desses resultados na recomposição da área degradada.

A terceira apresenta, de maneira lúdica, o processo de biorremediação, que consiste na recuperação, por meio de micro-organismos, do solo contaminado por derramamento de petróleo e derivados.

Nosso Mundo também é mineral

Haverá também no local uma exposição de amostras de gemas, rochas e minerais nacionais. Alguns deles são utilizados como insumo pela indústria e dão vida a utensílios, materiais, entre outros usos, exercendo influência direta no cotidiano de toda a sociedade brasileira. Os exemplares chamam a atenção do público por sua beleza e diversidade. Os visitantes poderão  ainda presenciar experimentos preparados pelos técnicos do centro. Serão distribuídos exemplares da tabela periódica ilustrada e gibis educativos.


sábado, 27 de outubro de 2012

Mina de ouro reaproveitará o ferro de rejeito 


Investir na eficiência dos processos de mineração tem feito com que jazidas antigas e desativadas ganhem nova vida. Este é o caso da mina de ouro Pedra Branca do Amapari, no Amapá, que voltou a ser operacional depois que a Beadell adquiriu a área e implementou novas tecnologias nos processos para extração do ouro.

A empresa possui capital australiano e tem áreas de exploração na Austrália e no Brasil. Na área em questão, agora chamada de mina Tucano, os recursos são da ordem de 4,3 milhões de onças e devem ser produzidas 150 mil onças por ano em um período de oito anos. Entretanto, estudos estão sendo feitos e há a possibilidade da vida útil ser estendida.

Anteriormente, essa mina foi operada entre 2005 e 2008, quando as atividades pararam devido ao baixo índice de recuperação do ouro. Em 2010, a Beadell adquiriu o ativo e começou o trabalho de construção da nova planta. De acordo com o diretor superintendente da Beadell Brasil, Silvano de Souza Andrade, a viabilidade da nova exploração se dá pelo processo eficiente que está sendo implantado. Quando foi fechada, em 2008, a recuperação do ouro era muito baixa, na casa dos 60%. Agora, a meta é recuperar 90%.

Outro fator que vai dar lucratividade ao negócio e o aproveitamento do minério de ferro também abundante na região. Em 2013, também deve começar a construção de uma planta de separação magnética. Assim, todo o rejeito da planta será tratado, possibilitando a produção de cerca de 500 mil t/ano de concentrado de ferro.

Fonte: Revista Minérios & Minerales
Livro sobre história da mineração será lançado durante a Exposibram Amazônia 2012


Um livro que traz a história da mineração paraense e brasileira e faz um panorama do cenário atual e futuro do setor na Amazônia, "A Indústria Mineral no Pará", do geólogo Alberto Rogério Benedito da Silva, será lançado na Exposibram Amazônia 2012, que abre no dia 5 de novembro. A obra, de 13 capítulos, tem patrocínio do IBRAM, Simineral, Mineradora Reinarda e D’Gold.

Fonte: Coluna Adenirson Lage - Interjornal

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Substâncias tóxicas ameaçam saúde de 125 milhões de pessoas


Poluentes e substâncias tóxicas resultantes de atividades industriais ameaçam a saúde de 125 milhões de pessoas no mundo, especialmente nos países em desenvolvimento, onde 80 milhões correm risco de morrer prematuramente ou perder qualidade de vida pelo contato com essas substâncias.

O dado foi divulgado nesta quarta-feira em teleconferência pela diretora-executiva da Cruz Verde da Suíça, Nathalie Gysi, durante a apresentação do "Relatório de Meio Ambiente 2012".

O documento, apresentado pela Cruz Verde Suíça e pelo Instituto Blacksmith de Nova York, identifica os dez piores poluentes de todo o mundo e quantifica a escala global o dano que as substâncias tóxicas causam à saúde.

O chefe do projeto do Blacksmith Institute, Bret Ericson, detalhou que as pesquisas foram realizadas em 2,6 mil áreas industriais de 49 países com níveis de renda baixos ou moderados nas regiões da América Latina e do Caribe, do leste da Europa, da Ásia e da África.

Alguns dos produtos tóxicos mais nocivos são o chumbo, o cromo, o mercúrio e o amianto (ou asbesto), em processos como a reciclagem de baterias, a fundição de chumbo, a mineração e o processamento de minerais.

Os poluentes também afetam pessoas que trabalham em lixões de resíduos industriais e domésticos, e em outros processos como o curtume, a mineração artesanal, a fabricação de produtos - eletrônicos, baterias e revestimentos metálicos -, a produção química e a indústria do tingimento têxtil.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Novo navio oceanográfico apoiará pesquisas do Brasil na Amazônia Azul
O valor do navio, que está sendo construído em Cingapura, foi dividido entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Petrobras, a Marinha e a Vale.

Navio oceanográfico Alpha Crucis

 O Brasil contará, a partir do próximo ano, com um dos mais modernos navios de pesquisas oceanográficas do mundo. Com a embarcação, avaliada em R$ 162 milhões, será possível aumentar o volume de informações sobre recursos minerais e biológicos na chamada Amazônia Azul, como é conhecida a zona econômica exclusiva do mar brasileiro, com 3,6 milhões de quilômetros quadrados. Com isso, o país contará com três navios oceanográficos de grande porte.

O valor do navio, que está sendo construído em Cingapura, foi dividido entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Petrobras, a Marinha e a Vale. O acordo de cooperação foi assinado nessa segunda-feira (22) e contou com a presença do ministro Marco Antonio Raupp.

"É uma plataforma científica e tecnológica importante para fazer levantamento, explorar, ter conhecimento sobre o mar e a geologia do fundo do mar. Exploração mineral, de petróleo, tudo sob o desafio da sustentabilidade, sem destruir os recursos naturais. Para termos sucesso como potência ambiental, só poderemos fazer isso com conhecimento", disse Raupp.

Ele considerou que o interesse das empresas em investir no navio se justifica pelas possíveis novas descobertas de metais preciosos a serem explorados no leito do oceano, o que poderá ser a nova fronteira econômica do país neste século. "As empresas também reconhecem que sem ciência e tecnologia não têm futuro e, por isso, estão investindo. Várias empresas estão buscando minérios no fundo do mar e o mesmo querem fazer aqui. Temos que ter meios de reconhecer [as potencialidades] para ter capacidade regulatória de como utilizar esses recursos."

A coordenadora-geral para Mar e Antártica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Janice Trotte, ressaltou a parceria inédita para a construção do navio, envolvendo recursos públicos e privados. "O modelo de parceria é totalmente inovador, em que você junta os interesses do governo e da iniciativa privada. É um navio de última geração, está entre os cinco melhores do mundo, confere condições de trabalho à nossa comunidade oceanográfica ainda não experimentadas, em termos de conforto e na capacidade de gerar conhecimento."

Janice disse que atualmente pesquisadores brasileiros precisam atuar em navios estrangeiros no Atlântico Sul, pela ausência de uma plataforma de pesquisa adequada, o que deverá mudar com a entrada em operação da nova embarcação. Segundo ela, ainda serão necessários novos navios para atender à demanda na região.

Atualmente, o país conta com o Cruzeiro do Sul, vinculado à Marinha, e o Alpha Crucis, da Universidade de São Paulo (USP), como plataformas de grande alcance. A nova embarcação vai permitir que o país faça explorações mais aprofundadas do leito oceânico, em busca de metais e materiais preciosos.

"Nos mantínhamos em um patamar atrás por não dispor de plataforma de infraestrutura embarcada para chegar a esse tipo de exploração. Já temos conhecimento de rochas cobaltíferas e fosforitas e diversos outros recursos minerais muito valorizados no mercado internacional. Temos esta fronteira a desbravar, jamais desenvolvida em nosso país", disse a coordenadora.

O navio foi solicitado pela Marinha a 22 estaleiros nacionais e estrangeiros. A embarcação tem 78 metros de comprimento, autonomia de 60 dias no mar, acomoda 146 pessoas, sendo 40 a 60 pesquisadores, três laboratórios, robô com capacidade de coletar amostras no fundo marinho, podendo operar a até 5 mil metros de profundidade.

O custo do navio será dividido entre os quatro parceiros: MCTI, R$ 27 milhões, Marinha, R$ 27 milhões, Vale, R$ 38 milhões, e Petrobras, R$ 70 milhões.
Fonte: Agencia Brasil

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Diamante de US$ 1 milhão tem busca sem precedentes, diz mineradora

Pedra preciosa rosa de 1,32 quilate é conhecida como Siren Argyle. Entre compradores interessados, há representantes da Índia e do Japão.

A pedra preciosa, em foto do dia 20 de setembro, em Hong Kong, pode facilmente atingir o valor de US$ 1 milhão
O grupo de mineração Rio Tinto disse nesta segunda-feira (22) que recebeu uma procura sem precedentes em sua venda anual por um diamante rosa de 1,32 quilate conhecido como Siren Argyle. A pedra preciosa, em foto do dia 20 de setembro, em Hong Kong, pode facilmente atingir o valor de US$ 1 milhão.

Entre os interessados na compra da pedra preciosa estão representantes da Índia e Japão.


Fonte: G1
Você sabe para que serve o Tungstênio?


Por Dominic de Souza



O nome pode parecer estranho, mas o tungstênio está mais presente em nossas vidas do que imaginamos e sua valorização no mercado exterior é crescente. Utilizado na indústria eletrônica, petrolífera, da construção, empregado na fabricação de filamentos de lâmpadas, telefone celular, tubo de raios catódicos (presentes em monitores de TV’s e computadores), nas canetas esferográficas, entre outros, o metal, também conhecido como wolfrâmio, é extraído de minérios de alto valor agregado como a wolframita, scheelita e cassiterita.



A principal característica que o faz um elemento peculiar é a capacidade de resistir às temperaturas elevadas, por isso tem um considerável valor industrial e no mercado de importação e exportação. Tanto que, em meados dos anos 20, uma grande companhia tentou patenteá-lo, mas teve o pedido rejeitado pelo governo dos Estados Unidos.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o tungstênio possuiu um papel considerável na diplomacia entre países. Na época, como Portugal era o maior distribuidor do elemento na Europa, sofreu pressão bilateral. Os países Aliados e do Eixo disputavam o material que, por resistir a altas temperaturas e possuir resistência mecânica, era importantíssimo na indústria bélica.

Um exemplo bem comum em nosso dia a dia são as lâmpadas incandescentes – utilizadas nas residências por muitos anos e que está em processo de banimento no mercado brasileiro – possuem fios de tungstênio, responsáveis pelo funcionamento durante um longo período. Entre os tipos mais comuns estão também as lâmpadas automotivas e refletoras, além das especiais, empregadas em projetores audiovisuais, luzes de câmera de vídeo, instrumentos médicos e científicos.

Outro exemplo é a bolinha da caneta esferográfica, que a faz deslizar e dispersar tinta enquanto se escreve, também fabricada com o metal. Além disso, uma curiosidade que vale ser destacada é a aplicação do carbeto de tungstênio em joias, mais precisamente em anéis. O material caiu no gosto de mulheres e de casais, que passaram a adquirir até alianças de compromisso deste metal, por ser hipoalérgico e não perder o brilho como os demais.

Aliança de Tungstênio 

Mercado brasileiro

Em terras brasileiras, as reservas de scheelita, responsáveis por maior parte da produção brasileira do tungstênio, são encontradas no Rio Grande do Norte, nas cidades de Acari, Bodó,Currais Novos, Lajes e Santana do Seridó. Na região, existem aproximadamente 35 mil toneladas do metal, entre minas indicadas e medidas. Somente nos três primeiros meses de 2012, o Estado havia exportado US$ 1,55 milhão, valor três vezes maior quando comparado ao mesmo período em 2011, o que representa 70% das exportações do produto. Já a wolframita é encontrada em Conceição do Araguaia e São Félix do Xingu, no Estado do Pará, e em Nova Trento, Santa Catarina.

No entanto, atualmente, a China lidera este mercado e é responsável por aproximadamente 65% das reservas mundiais e por 85% da produção, seguida de Rússia, Áustria e Portugal.

Dominic de Souza é diretor comercial da Citra do Brasil, empresa nacional com 25 anos de atuação na comercialização de produtos nacionais e importados em segmentos como petróleo, portos, mineração, siderurgia, metalurgia do pó, ferroviário, agricultura e tratamento de superfície.
Fonte: Refrescante
Brasil mapeia potencial de seus mares



O Brasil começa a dar os primeiros passos para aumentar as áreas marinhas protegidas do seu litoral. Hoje na ordem de 1,56%, essas áreas terão que atingir 10% em 2020, segundo compromisso firmado na Conferência das Partes sobre a Biodiversidade, em 2010, e reforçado neste ano na Rio +20.

Para chegar a essa meta, o governo tenta compatibilizar a promessa com a exploração econômica: exploração de petróleo, criação de portos e terminais, fluxo do transporte e, no futuro, mineração.

O projeto reúne o governo, a Petrobras e o GEF (Fundo Global para o Meio Ambiente). A estatal investirá US$ 70 milhões (cerca de R$ 140 milhões), e o GEF, mais US$ 20 milhões (R$ 40 milhões).

Em um primeiro rascunho do que poderá ocorrer na faixa de 200 milhas a partir da costa -a chamada zona econômica brasileira-, o parque de Abrolhos poderá ter sua área aumentada em até 10 milhões de hectares. Com isso, a área marinha protegida já dobraria para 3%.

Abrolhos já foi palco de divergências dentro do governo por conta dos leilões da ANP (Agência Nacional do Petróleo). No primeiro ano do governo Lula (2003), ambientalistas conseguiram fazer com que a ANP retirasse da lista de ofertas do leilão 154 blocos de petróleo marítimos próximos ao parque.

Segundo especialistas, o sinal de alerta agora é ainda mais preocupante, já que a exploração da região do pré-sal, uma área em alto-mar que se estende por 800 quilômetros, do litoral do Espírito Santo a Santa Catarina, está se intensificando.

Em outro estudo, a Coppe/UFRJ, em parceria com a britânica British Gas, vai mapear o oceano na região da bacia de Santos, onde está a maior parte do pré-sal.

O objetivo é registrar o ambiente para poder usar como referência em caso de acidentes, diz o diretor de tecnologia e inovação da Coppe/UFRJ, Segen Estefan.





Lixo 



Ele observa que 60% dos oceanos são áreas internacionais, sem um dono específico, e nelas são lançados 80% do lixo do planeta.

Segundo a CI (Conservação Internacional), ONG criada há 25 anos e que atua em 42 países, inclusive no Brasil, os oceanos geram anualmente US$ 23 trilhões (R$ 46 trilhões) no mundo inteiro, incluindo o fornecimento de proteína, ciclagem de nutrientes e da água e retirada de carbono da atmosfera.

Guimarães diz que, pelo Índice Saúde do Oceano, o Brasil recebeu nota 62, enquanto a média do mundo é 60.

"Está um pouquinho menos péssimo, mas mesmo assim está ruim." Segundo ele, 80% das espécies marinhas consumidas pelos brasileiros estão ameaçadas de extinção.

domingo, 21 de outubro de 2012

Jazida de ferro em Cruzeta pode chegar a 200 milhões de toneladas


Segundo o Departamento Nacional de Pesquisa Mineral, foi encontrada uma reserva de minério de ferro na fazenda Saquinho, zona rural de Cruzeta.

O estudo requerido pela empresa Susa Industrial Ltda., nas proximidades da Serra da Formiga, estima a existência de uma jazida de 200 milhões de toneladas do minério.

O projeto segue a linha realizada pela Mhag Mineração, em Jucurutu, onde existem 160 milhões de toneladas no Pico do Bonito.

A Steel Participações, constituída em agosto de 2008, chegou a comprar a Mhag por U$ 245 milhões, para desenvolver o seu potencial mineral em 3,5 bilhões de toneladas de minério de ferro. Esse setor mineral já representa 25% do PIB do Rio Grande do Norte

sábado, 20 de outubro de 2012

O que é sílica de quartzo



A sílica de quartzo, também conhecida como sílica cristalina ou dióxido de silicone cristalino, é um mineral que é encontrado na natureza. É um dos mais abundantes minerais na terra, e há centenas de variedades deles, alguns dos quais são pedras preciosas. A estrutura molecular da sílica de quartzo é incomum e permite que pedras compostas do material cresçam em tamanhos grandes ao longo do tempo.

Considerado um dos minerais mais comuns na Terra, o quartzo pode ser encontrado em todos os continentes e em cada tipo de ambiente. O mineral aumenta à medida que as camadas de dióxido de silicone são depositadas sobre um cristal de sementeira ou num pequeno conjunto de moléculas de dióxido de silicone. Estes cristais são encontrados em diversos tipos de rochas, incluindo rocha ígnea, como granito, e rochas sedimentares, como o xisto. O quartzo é extremamente duro, o que significa que, muitas vezes, supera a pedra que foi originalmente encontrada dentro. Essas pedras resistem bem ao longo do tempo, liberando os cristais.

O quartzo tem uma estrutura muito particular, que só é encontrada em outro tipo de mineral na terra. As moléculas de dióxido de silicone são organizadas em grupos de quatro. A estrutura das moléculas no presente mineral faz com que seja relativamente difícil de cortar, embora muitas variedades sejam cuidadosamente trabalhadas nos cortes de gemas comuns. Ao longo do tempo, estes cristais crescem e atingem comprimentos de vários metros, mas estes são mais raros.

Sílica de quartzo na cor branca Há muitas formas diferentes de quartzo encontrados na natureza. Citrino, ametista, quartzo rosa e quartzo fumê são algumas das variedades comuns do mineral. Embora a cor e a aparência de todas estas pedras variem consideravelmente, elas são todas feitas de dióxido de silicone, e são todas as formas cristalinas do presente composto. Outras pedras, como ônix, ágata e outras, são também formas de dióxido de silicone, embora sejam produzidas de quartzo e monganite, que têm diferentes estruturas cristalinas.

Examinar as características das pedras, tais como a cor, clareza, forma e tamanho pode render centenas de diferentes tipos de quartzo, mas não existem duas exatamente iguais. Em laboratórios, as amostras extremamente puras de quartzo são usadas para criar certos componentes elétricos, incluindo dispositivos de medição de tempo. O quartzo é também vulgarmente utilizado em relógios, porque a sua frequência de ressonância se mantém estável durante longos períodos de tempo e sob diferentes condições ambientais.
Fonte: Renata Branco
Vale faz viagem inaugural do maior navio para transporte de minério do mundo

O navio Vale Minas Gerais, que pertence à companhia de mineração Vale e é o maior mineraleiro do mundo, atracou na quarta-feira (17), pela primeira vez, no Porto de Villanueva, em Mindanao, Filipinas.

Esta foi a viagem inaugural do Vale Minas Gerais, que tem capacidade para transportar até 400 mil toneladas de minério de ferro e havia sido carregado no final de agosto em Ponta da Madeira, no Maranhão.

A carga é destinada à siderúrgica japonesa JFE Steel, um dos maiores clientes da Vale.

Com a capacidade do navio, a Vale afirma que é possível uma redução de 35% na emissão de carbono por tonelada de minério transportada.

Os navios Valemax fazem parte da estratégia da Vale para reduzir a distância entre o Brasil e a Ásia, principal mercado consumidor de minério de ferro.

Com o porto de Villanueva, são sete os portos que recebem os Valemax. Até agora, os navios atracam nos portos de Tubarão e Ponta da Madeira (Brasil), Taranto (Itália), Roterdã (Holanda), Sohar (Omã) e Oita (Japão), além da estação flutuante de transferência de minério em Subic Bay, nas Filipinas.

No fim de 2013, serão 35 navios com capacidade de 400 mil toneladas disponíveis para realizar o transporte de minério de ferro --19 próprios e 16 afretados pela Vale em contratos de longo prazo.


Navio da Vale Minas Gerais atraca em Mindanao, Filipinas 
Fonte: Agência Vale

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Curiosity analisa minerais e encontra objetos brilhantes em solo marciano



O robô Curiosity da Nasa engoliu a primeira colherada de terra marciana para analisar sua composição mineral e encontrou objetos brilhantes que, segundo alguns especialistas, têm origem humana e são peças da própria máquina, informou a agência espacial americana esta quinta-feira.

Em um novo relatório sobre a missão realizada pelo Curiosity no planeta vermelho há dois meses e meio, a Nasa informou que um instrumento que analisa minerais, situado na 'barriga' desta máquina do tamanho de um carro, analisará o solo marciano para ver do que é feito.

"Começamos a ver algumas manchas brilhantes nas zonas escavadas", disse um cientista do projeto Curiosity a jornalistas em Pasadena, Califórnia (oeste). A equipe científica começou a chamá-las de 'schmutz' (sujeira).

Alguns sugeriram que podiam ser objetos criados por seres humanos e que teriam parado ali por causa do próprio robô, mas depois de discussões entre cientistas e engenheiros chegou-se a "um forte consenso" segundo o qual estas manchas brilhantes seriam marcianas.

Esta conclusão se sustentou no fato de que estes objetos aparecem no fundo dos buracos que restam no solo marciano depois que o robô coleta amostras, o que significa que normalmente estão debaixo da superfície, enquanto eventuais objetos humanos estariam em cima.

"Não podemos descartar que sejam feitos por humanos, mas não acreditamos que sejam", disse.

Na semana passada, a Nasa determinou que um objeto brilhante observado no solo perto do robô era um pedaço de plástico que poderia ter caído do próprio dispositivo.

Para os cientistas, ter a oportunidade de começar a usar seu instrumento de Química e Mineralogia (CheMin) para analisar os minerais do planeta vermelho é um importante marco.

"Estamos atravessando um limite importante nesta missão ao usar o CheMin na nossa primeira amostra", disse o cientista do projeto Curiosity, John Grotzinger, do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena.

"Identificar os minerais é importante porque eles registram as condições ambientais sob as quais se formaram", explicou.

O Curiosity, que pesa uma tonelada e tem seis rodas, aterrissou em 6 de agosto em uma região denominada cratera Gale, no equador marciano. Sua missão de US$ 2,5 bilhões é investigar, no período de dois anos, se a vida foi possível no passado do planeta vermelho.
Terras raras estão em quase tudo, muita gente ainda não sabe 




Matéria-prima para indústrias de alta tecnologia, os elementos terras raras têm uma importância que costuma passar despercebida pelo público em geral. Para esclarecer de onde vêm esses benefícios, as geólogas Tássia Arraes e Cristina Ferreira, servidoras da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec/MCTI), apresentaram a palestra “Terras raras: o que você não teria se elas não existissem”, nesta quarta (17), na 9º Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Distrito Federal.


“A demanda por esse grupo de 17 elementos químicos vem se intensificando devido à diversificação de seu uso”, disse Cristina. “Inúmeros produtos necessários à sociedade não existiriam hoje se não fosse pelas terras raras.” Ela citou a presença de elementos de nomes difíceis, como lantânio, neodímio, disprósio e európio em carros elétricos, turbinas eólicas, painéis solares, filtros ultravioleta, lâmpadas fluorescentes, vibracall de celulares, equipamentos médicos e funcionalidades de telas LCD – como cores e touchscreen.

Apesar do nome, as terras raras podem ser encontradas em grande concentração na superfície do planeta, à frente de ouro e prata, por exemplo. “Esses elementos não são raros por não serem abundantes, mas em função da dificuldade de encontrá-los em alto grau de pureza e de separá-los um do outro, por causa de suas propriedades químicas e físicas”, explicou Tássia.

Retomada das pesquisas

De acordo com ela, a China concentra 35% das reservas e 97% da produção de terras raras no mundo, mas o Brasil tem história no segmento. “O país já dominou a produção e, até meados do século XX, exportava mantas incandescentes para lampiões a gás, que eram fabricadas com base na monazita extraída do litoral do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.”

“Nos anos 1980, a China surgiu como um gigante no comércio de terras raras, tanto pelas reservas como pelo volume de produção de suas jazidas, e baixou o preço do minério exportado, desestimulando assim a extração em outros países”, recordou Tássia.

“A partir de 2010, porém, uma política de cotas chinesa elevou os preços internacionais dos minérios, fazendo com que os demais países com histórico de produção, como EUA, Austrália, Índia e Brasil, estimulassem a retomada de suas pesquisas, então abandonadas.”

Retomada da produção

Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Brasil tem hoje menos de 1% das reservas oficiais de terras raras no mundo. Mas, conforme as geólogas, tem grande potencial para voltar a ser um grande produtor. “A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) tem um programa que busca definir melhor essas reservas, justamente, para a gente conhecer o que temos no nosso território, com precisão”, revelou Tássia.

“Atento à conjuntura mundial, o MCTI tem priorizado desde 2010 ações de apoio ao desenvolvimento de pesquisa, melhoria de laboratórios e formação de pessoal na área”, disse Cristina. “A partir do momento em que a China baixou os preços, os outros países deixaram de estudar e investir. Ou seja, hoje, no Brasil, quando você procura um pesquisador que tem conhecimento em terras raras, ele está perto de se aposentar, sem falar nos laboratórios sucateados.”

Para as geólogas da Setec, o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem/MCTI) é uma das vias pelas quais o governo federal busca a retomada da produção. “Até 1995, o Cetem esteve à frente dos estudos no País e, ainda hoje, concentra um grupo de pesquisadores que já atuou na área”, disse Tássia.
Fonte: Agência C&T
Bahia define conjunto de ações para incentivar setor de mineração



Rol de ações foi apresentado durante o IX Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral, que acontece na Fieb

Com uma grande diversidade de bens minerais, a maioria explorada por pequenas e médias empresas, a Bahia tem implantado diversas ações para o desenvolvimento do setor.

Uma delas foi a redução de ICMS de 27% para 4% para as empresas que atuam no ramo de gemas e jóias, setor em que o estado é o segundo produtor do país com mais de 30 variedades, tendo a esmeralda como seu maior destaque. A produção se concentra em 16 municípios baianos com destaque para Campo Formoso e região.

O rol de ações do governo estadual para o setor foi apresentado nesta segunda-feira (09.10) pela Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm), durante o IX Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral, que acontece até a próxima quinta-feira (11.10), na sede Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), no bairro do Stiep.

Ao lado da redução do imposto, destacam-se na atuação da Sicm, a identificação de potenciais Arranjos Produtivos Locais (APLs) e adoção de políticas para a promoção do seu desenvolvimento, a criação de programas de extensionismo mineral, formalização e capacitação de médias e pequenas empresas, junto com o desenvolvimento de linhas de financiamento para formalização e modernização das MPEs.

Com a participação de gestores públicos, empresários, representantes de associações, sindicatos e cooperativas, o seminário debate estruturas de governança e inovação tecnológica em APLs de base mineral, como instrumento para se alcançar a sustentabilidade do setor.

Segundo Albert Hartmann, superintendente de Indústria e Mineração da Sicm, o seminário é o fórum ideal para se debater os temas ligados ao impacto das políticas públicas sobre os APLs em conjunto com os agentes promotores do seu desenvolvimento, além de estimular a integração e a troca de experiências para que os APLs se mantenham competitivos.

“O evento trata de temas relacionados à organização dos APLs de base mineral, com ênfase nas suas estruturas de governança e do estímulo à criação de valor para os produtos através da melhoria tecnológica e da inovação”, disse.

Atualmente o estado possui apenas um APL de Base Mineral, localizado no município de Ourolândia – próximo a Jacobina –, que tem como foco o mármore bege Bahia. Encontram-se em fase de constituição outros dois APLs: um em Riachão de Jacuípe (indústria cerâmica) e outro em Campo Formoso (gemas e artesanato mineral). “Estamos também avaliando a criação de um APL de gemas e jóias em Salvador”, disse Albert.

A importância do evento foi destacado também por Elzivir Guerra, coordenador da Rede APL Mineral da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério das Minas e Energia (MME).

“Este encontro representa mais uma oportunidade de disseminar e estimular as boas práticas de gestão e inovação e as potencialidades da Rede APL Mineral. “Nenhum outro setor de APLs possui um fórum como este”, afirmou.

A relevância do debate de idéias que ajudem a inserção dos APLs de forma competitiva no mercado globalizado foi defendida por Reinaldo Sampaio, vice-presidente da Fieb.

Ao presidir a mesa de abertura do evento, ele ressaltou que “o seminário trará contribuições e avanços importantes para a consolidação de apoio e desenvolvimento dos APL Minerais. As soluções que estaremos discutindo para o futuro devem contemplar idéias inovadoras para a transformação da nossa realidade”.
Fonte: SICM

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Seminário do Cetem vai propor soluções para descontaminar Santo Amaro


Por Marcelo Villela, 




“Purificar o Subaé
Mandar os malditos embora
Dona d água quem é?”


Os versos de Caetano Veloso já denunciaram a degradação do rio Subaé na sua terra natal provocada a partir dos anos 60 do século passado pela Companhia Brasileira de Chumbo (COBRAC), no município de Santo Amaro da Purificação, na Bahia, considerada a cidade mais poluída por chumbo no mundo. O passivo ambiental é de pelos menos 500 toneladas de cádmio e 500 mil toneladas de escória de chumbo abandonadas na empresa e espalhadas pela cidade. A COBRAC foi vendida ao Grupo Trevo, em 1989. A usina foi fechada em 1993.

A complexidade dos danos ambientais na região será discutida durante o Seminário Santo Amaro que o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem/MCTI) realizará nos dias 24 e 25 de outubro, no auditório do Centro, no Rio de Janeiro, com a participação de especialistas no tema. Na pauta, avaliação socioambiental do município e da contaminação por chumbo em Santo Amaro; a caracterização dos passivos ambientais da atividade metalúrgica de chumbo e a proposição de ações que visem cessar impactos socioambientais negativos locais.

Em função dos graves problemas ambientais no município baiano, o Cetem, com apoio da Secretaria de Coordenação das Unidades de Pesquisa (SCUP/MCTI), fez estudo completo de amostras de solos, resíduos de metalurgia e escórias, que serve como base para caracterização do problema. O Seminário fará uma reavaliação científica e tecnológica dos impactos ambientais, visando encaminhar ao governo federal uma proposta modelo para a realização de ações corretivas nas áreas atingidas por contaminações de metais pesados. Avaliação preliminar indica que são necessários R$ 300 milhões para ações de descontaminação da cidade, atendimento médico, indenizações e aposentadorias especiais.

O projeto Santo Amaro é coordenado pelos pesquisadores do Cetem, Francisco Fernandes e Luiz Carlos Bertolino, em parceria com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), no desenvolvimento de modelagens matemáticas, com a CPRM, para realizar investigações na linha de pesquisa da Geologia Médica, e com a Universidade Federal da Bahia (UFBA).

“Os riscos que corre essa gente morena
O horror do progresso vazio
Matando os mariscos e os peixes do rio”

A canção de Caetano retrata bem a poluição dos recursos hídricos da região que recebiam resíduos industriais lançados sem tratamento, contaminando moluscos, sedimentos e mariscos. A chaminé sem filtro jogou na atmosfera toneladas de material particulado, enquanto a escória era inadequadamente disposta em aterros e utilizada na pavimentação de ruas e construção de prédios públicos.

Passados 50 anos, apesar de estudos e projetos, a situação não foi enfrentada. A última proposta de ação foi da presidente Dilma, em 2011, que determinou que o problema fosse resolvido, após receber dossiê da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado.
IBRAM: Preço menor do minério não afeta investimentos



O Diretor de Assuntos Minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Marcelo Tunes, ressaltou nesta segunda-feira que a queda do preço do minério de ferro não tem afetado investimentos no setor. "O que estamos vendo são novos projetos entrando", afirmou. Segundo ele, com o avanço da tecnologia é possível baratear o custo de produção de empreendimentos no setor.

"Isso é verdadeiro também para outros bens minerais", afirmou, traçando um cenário positivo para o crescimento do setor nos próximos anos. O executivo participa de um seminário sobre mineração, realizado no Rio de Janeiro.

No evento, Tunes afirmou ainda que a proposta de novo marco da mineração que vem sendo elaborada pelo governo ainda é um ponto de interrogação. Mas ele acredita que essa demora do governo tem como pano de fundo um cuidado maior em não prejudicar um segmento que caminha bem no país.
Fonte:Estadão
Produção mineral da Bahia deve movimentar R$ 2,5 bilhões em 2012



A produção mineral da Bahia deve movimentar R$ 2,5 bilhões este ano. O dado foi anunciado pela Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia (Sicm) na segunda-feira (08), durante a abertura do IX Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral, que aconteceu até a quinta-feira (11), na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).

Na cerimônia, o superintendente da indústria e Mineração da Sicm, Albert Hartmann, estimou que, até 2015, a Bahia deve movimentar R$ 7,5 bilhões ao ano, com investimentos privados de R$ 18,8 bilhões anunciados para o setor para os próximos três anos.

Para essa alavancagem, Hartmann destacou a importância da realização de projetos de infraestrutura, a exemplo da construção da ferrovia Oeste-Leste e do Porto Sul. Além disso, foram citadas as ações do governo para o setor, com destaque para os projetos de fomento da produção de mármore, cerâmica vermelha e gemas e joias.
Fonte: Bahia Econômica

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Neo-Alquimia: Bactéria produz ouro artisticamente 


Neo-alquimia: bactéria produz ouro artisticamente
A obra, que é meio arte e meio experimento científico, chama-se "O Grande Trabalho do Amante dos Metais".
Biomineração

A biomineração consiste no uso de microrganismos, sobretudo bactérias, para extrair metais, eventualmente substituindo os complicados e caros processos da mineração tradicional.

Kazem Kashefi e Adam Brown, da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, decidiram fazer uma demonstração das capacidades da biomineração que tivesse um maior impacto.

Kashefi é professor de microbiologia e genética molecular. Brown é artista, segundo ele especializado em "intermídias".

Os dois se juntaram para criar um aparato que é parte experimento, parte divulgação científica e parte obra de arte.

Mas tudo funciona de acordo com o primeiro pressuposto - trata-se de um experimento científico real.

Alquimia microbiana

A parte que atrai e impressiona é que o aparelho recebe um composto químico natural extremamente tóxico - o cloreto de ouro - e produz ouro metálico puro.

"O que nós estamos fazendo é alquimia microbiana - produzindo ouro, transformando algo que não tem valor em um metal precioso sólido," disse Kashefi.

O trabalho pesado é feito pela bactéria Cupriavidus metallidurans, que serve também para reter metais pesados de ambientes contaminados.

Neo-alquimia: bactéria produz ouro artisticamente
Grãos de ouro sintetizados pelas bactérias no interior do reator.

A peça de arte, que está em exposição na Universidade, é um laboratório portátil.

Ele consiste em um biorreator de vidro, onde a bactéria cresce no tóxico cloreto de ouro. Para impressionar, e dar o tom artístico, o aparato inteiro passou por um processo de douração.


Neo-alquimia

A obra contém ainda uma série de imagens feitas com um microscópio eletrônico de varredura.

Usando antigas técnicas de iluminação, os cientistas aplicaram folhas de ouro 24 quilates sobre as imagens das bactérias onde o microscópio detectou a sintetização de ouro sólido, de modo que cada impressão contém parte do ouro produzido no biorreator.

"Isto é neo-alquimia. Cada peça, cada detalhe do projeto é um cruzamento entre a microbiologia moderna e a alquimia," disse Brown. "A ciência tenta explicar o mundo fenomenologicamente. Como artista, eu estou tentando criar um fenômeno. A arte tem a capacidade de impulsionar a investigação científica."

Interesses econômicos

Com a cotação do ouro no seu pico histórico, a demonstração fez brilhar também os olhos de alguns homo economicus.

Infelizmente o processo não é eficiente o bastante para virar uma fábrica real.

Outras equipes estão usando a biologia sintética para fazer alterações genéticas nas bactérias, de forma que elas se concentrem menos no show e mais no trabalho, produzindo mais ouro, assim como outros metais.
Fonte:Inovação Tecnólogia
Produção de minério de ferro deve crescer 60,78% até 2016 no Brasil 



O Diretor de Assuntos Minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Marcelo Tunes, afirmou que o Brasil deve produzir, em 2016, 820 milhões de toneladas de minério de ferro. Segundo o executivo, a produção deve atingir 510 milhões de toneladas em 2012.

Com a maior produção do país e a segunda maior do mundo, a Vale deve atingir neste ano produção de 360 milhões de toneladas de minério de ferro, de acordo com Tunes. A projeção para a produção da companhia brasileira em 2016 é de 425 milhões de toneladas.

A segunda maior produção no país é da Samarco, com previsão de 24 milhões de toneladas em 2012. Para 2016, a companhia deve produzir 30,5 milhões, destacou o executivo do IBRAM.

Tunes também informou as projeções para a brasileira MMX, do grupo EBX de Eike Batista. Segundo ele, a produção da MMX deve atingir 13 milhões de toneladas neste ano e 42,5 milhões de toneladas em 2016.

Investimentos mantidos

Tunes afirmou que não houve ainda cancelamento de projetos para a produção de minério de ferro no Brasil, apesar da queda dos preços da commodity, em função da crise internacional. Segundo o executivo, o avanço da tecnologia no segmento permite o desenvolvimento da produção do minério de forma mais econômica.

'O que estamos vendo são novos projetos entrando', afirmou Tunes. 'Esse cenário é verdadeiro também para outros bens minerais', disse.

O executivo destacou que a nova legislação para a mineração no país, em discussão ao âmbito do novo código de mineração, que está sendo elaborado pelo governo, é 'um ponto de interrogação'. Segundo ele, a atual legislação é positiva para o país.

'[...] boa parte da demora para finalizar o processo de novas regras para o setor está muito ligado a um cuidado que ele [o governo] está tendo de não mexer em uma coisa que está dando certo', afirmou. 'Se a legislação fosse ruim, não estaríamos com a produção que temos', completou.
Fonte: G1
Até 2016, Bahia e Espírito Santo receberão investimentos de R$ 180 bilhões


A Bahia e o Espírito Santo devem receber, até 2016, investimentos públicos e privados de R$ 180 bilhões. Esta é a expectativa do secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, e do secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, Márcio Félix. Esse número foi anunciado durante o seminário Potencialidades, realizado nesta terça-feira, 9, em Vitória (ES), promovido pela Rede Gazeta.

De acordo com Gabrielli, existe um ambiente favorável ao investimento, mas é preciso avançar, sobretudo, no que se refere à infraestrutura. “No curto prazo, o grande gargalo para o desenvolvimento da Bahia e do Espírito Santo é a logística, enquanto que no médio prazo será a formação e qualificação de mão-de-obra”.

Já para o secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, esse volume de investimento é consequência de três fatores: regras claras e estáveis, ambiente favorável ao investimento e créditos e incentivos. “O Espírito Santo é um dos estados que possuem, por exemplo, um banco público, que é um grande instrumento de atratividade regional”.

Apenas na Bahia estão protocolados mais de 470 empreendimentos privados, cuja previsão é gerar cerca de 70 mil empregos diretos. Os setores de mineração e energia são os de maior destaque, com investimentos estimados em R$ 40 bilhões. Já no Espírito Santo, o destaque é o segmento de petróleo e gás, devido principalmente aos investimentos relacionados ao pré-sal, cuja expectativa é ampliar a cadeia de fornecedores.
Fonte: Gente e Mercado
Múltis controlam o ouro no país e têm produção recorde
Multilatinas


A produção de ouro no Brasil atingiu o maior volume dos últimos 18 anos. Foram 65,2 toneladas do metal extraídas legalmente do país no ano passado, o melhor resultado desde 1994. O ritmo de produção segue o compasso marcado pela rentabilidade do minério. Entre os principais títulos de investimento, nada supera a valorização do ouro. De 2008 para cá, período marcado por sucessivas crises financeiras, o metal já acumula uma valorização de 177%, superando, de longe, qualquer aplicação de renda fixa ou variável. No caso do Ibovespa, seria preciso multiplicar o índice por cinco para se aproximar do resultado atingido pelo ouro. A indústria nacional, porém, teve um papel ínfimo na produção, segundo informações obtidas pelo Valor com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), por meio da Lei de Acesso a Informações.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Expectativa de avanço mais forte em 2013 faz empresário adiar cortes


Enquanto nos países da zona do euro o desemprego é superior a 11% e a taxa de crescimento está próxima de zero, indicando recessão, no Brasil ocorre algo inusitado.

Neste ano, o país deve crescer em torno de 1,5%. Nessas condições, o desemprego deveria ser elevado, como sempre, mas não será.

A taxa de desemprego caminha para se estabilizar em torno de 5,4% ao ano, um número muito baixo. Para o próximo ano, estima-se crescimento de 4%, e o desemprego tenderá a ser ainda menor.

O que explica a divergência? O que esperar no futuro?

O avanço no Brasil tem ocorrido pela expansão do crédito às pessoas físicas e da demanda externa por commodities (minério e grãos).

A mudança brusca na demanda pelas commodities e no crédito causou um choque interno, que, de um lado, causou a retração da produção, do lucro empresarial e dos investimentos, e, de outro, aumentou a inadimplência das famílias no sistema bancário.

Se os investimentos caíram, como se explica o fato de o emprego ter aumentado?

A expansão do crédito impulsionou, principalmente, o avanço das atividades do setor de serviços, que absorveu a mão de obra desempregada da indústria. Ademais, o custo de demitir é alto.

E, como as expectativas de crescimento a partir do próximo ano são consistentes, os empresários estão adiando a possibilidade de demissão.

Nos últimos anos, a redução da informalidade tornou onerosa a recontratação. Como a taxa de crescimento da oferta de mão de obra economicamente ativa é cadente, ela também favoreceu a queda do desemprego.

A taxa de crescimento da renda familiar tende a ser maior nos próximos anos, abrindo espaço para mais endividamento na compra de bens duráveis e serviços.

Se somarmos a isso os programas de investimentos do governo federal na infraestrutura e em modais logísticos superior a R$ 100 bilhões por ano, até 2017, aumentará a demanda por mão de obra.

Essas perspectivas serão responsáveis pela nova história do crescimento, da competitividade e do emprego.
Fonte: Folha de S. Paulo

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Votorantim aguarda LP para projeto em Goiás 


Bauxita
Está em tramitação na Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás (SEMARH) solicitação de Licença Prévia (LP) feita pela Votorantim Metais CBA para desenvolvimento de um projeto de extração de bauxita na região dos municípios de Barro Alto e Santa Rita do Novo Destino. Com investimento estimado em R$ 34 milhões e uma previsão de produção de 950 mil t/ano de minério, o projeto Bauxita/Barro Alto da Votorantim Metais vai abastecer a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), em São Paulo. O minério será usado para a produção de lingotes, vergalhões, tarugos, rolos Caster e placas de alumínio, aplicados na construção civil, bens de consumo, embalagens, transportes e eletricidade.
Fonte: Brasil Mineral