Seminário destaca importância da recuperação de antigas áreas minerárias
A Gerente de Assuntos Ambientais do IBRAM, Cláudia Salles, levou informações sobre o Guia de Boas Práticas de Fechamento de Mina
As consequências ambientais e socioeconômicas do fechamento de minas vêm sendo objeto de estudos e leis em todo o mundo. No Brasil, o planejamento do ciclo de vida da área explorada, inclusive após o fim da lavra, surge como discussão estratégica, principalmente após ser regulamentado no estado de Minas Gerais, em 2008. O assunto foi base para a palestra “Boas práticas em fechamento de mina no Brasil”, ministrada pela Gerente de Assuntos Ambientais do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br), Cláudia Salles, durante o I Seminário Internacional de Reconversão de Territórios. O evento ocorreu até sexta-feira (05/10) em Belo Horizonte (MG).
A apresentação abordou tendências, orientações e as melhores práticas previstas para a atividade no Brasil e no mundo. A gerente do IBRAM reforçou que, para terem sucesso, o projeto de fechamento e sua execução dependem da interação de todos os setores da empresa e do comprometimento da alta direção.
“É extremamente importante reforçar o papel das mineradoras na conservação da biodiversidade e dos ecossistemas a longo prazo, e isso abrange todo o ciclo de vida da mina, inclusive após o encerramento de suas atividades. O fechamento precisa ser planejado desde a concepção do projeto. A empresa deve estimar todos os custos associados e acompanhar o desenvolvimento socioeconômico local, considerando-o no plano de fechamento”, explica Cláudia.
Desde 2008, o IBRAM prepara estudos técnicos e discute o assunto em seminários e fóruns por todo o País. Em parceria com o Departamento de Engenharia de Minas e Petróleo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, o Instituto elabora um Guia de Boas Práticas de Fechamento de Mina, com previsão de lançamento no início de 2013.
“Estamos organizando o material de forma participativa, por meio de oficinas de trabalho e rodadas de consulta com Governo, academias, ONGs e empresas de mineração e consultoria na área. Manuais internacionais e modelos de boas práticas já adotados no Brasil também servem como base. O guia será uma orientação geral, aplicável a todos os tipos de bens minerais”, detalha a Gerente do IBRAM.
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