segunda-feira, 23 de julho de 2012

Mineradora tem 90 dias para apresentar recuperação
Empresa deverá reparar danos causados em área degradada. Promotoria acredita que área oferece riscos ao meio ambiente.


O Ministério Público Estadual estipulou um prazo de 90 dias para que a mineradora Carlos Cardoso, que funcionava na entrada de São Tomé das Letras, apresente um Plano de Recuperação de Área Degradada (Prad), referente a uma mina de extração de quartzito, abandonada, no centro da cidade.

De acordo com a promotoria, a área oferece riscos ao meio ambiente e também aos moradores.

Segundo a Associação, 20% da área de exploração não tem licença ambiental. A ação civil pública, proposta pelo Ministério Público Estadual considerou que o local proporciona riscos à saúde e à segurança da população. O município também está proibido de conceder qualquer licença para o exercício de atividade mineradora dentro do perímetro urbano. O descumprimento pode gerar multa de R$ 10 mil ao infrator.

No município, em todas as localidades é possível perceber a presença do minério e da ação do homem. A região chegou a exportar cerca de R$ 40 milhões em 2006 e gera cerca de dois mil empregos diretos e indiretos ligados à extração mineral. A atividade corresponde ainda a 75% da economia do município.

O vice-presidente da Associação das Empresas Mineradores de São Thomé das Letras, Cristiano Villas Boas, fala sobre a importância das mineradoras na região.

“É uma atividade importante para o município e defendemos que ela aconteça, mas em plena legalidade, em cumprimento com a lei”, diz.

De acordo com engenheiros e órgãos ambientais, os impactos de uma mineração irregular são grandes ao meio ambiente. Para o engenheiro civil Mauro José Ferreira a recuperação da área é imprescindível.

“É preciso que seja feita a recuperação, porém com planejamento de engenharia para garantir que a erradicação dos riscos”, pontua.

Já o superintendente regional de regularização ambiental, Luciano Junqueira de Melo, acredita que a utilização da área traz impactos não apenas visuais, mas também ambientais. “O que vemos aqui são impactos de grande intensidade e que exigem reparos”, define.
Clique aqui para a reportagem completa.
 Fonte: G1

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