Ibama fecha garimpo ilegal de cassiterita em São Fêlix do Xingu
EMBARGO
Responsáveis pela exploração ilegal foram multados em R$ 783 mil
O Ibama interrompeu mais um garimpo clandestino, desta vez de cassiterita, na Vila Taboca, em São Félix do Xingu, no sudeste do Pará. No local, os agentes apreenderam duas retroescavadeiras (avaliadas em R$ 1,3 milhão), motos, bombas hidráulicas, geradores de energia, máquinas de solda, entre outros equipamentos. Os responsáveis pela exploração ilegal do minério ainda foram multados em R$ 783 mil e tiveram as áreas de lavra embargadas. Há menos de 15 dias, um garimpo clandestino de ouro foi desativado em Cumaru do Norte, também no sudeste do estado.
A equipe do Ibama, com apoio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará, chegou à Vila Taboca no final de junho e permaneceu dez dias na região, com a operação Soberania, até interromper os danos ambientais provocados pelo garimpo e retirar todo o maquinário apreendido. Na ação, os fiscais se surpreenderam com a estrutura e o alto valor das máquinas usadas na extração irregular. "Não era um negócio amador, de gente sem recurso, como normalmente se vê nos garimpos ilegais. Pelo contrário, havia maquinário moderno, caro e estruturas de impressionar", disse o coordenador da operação, o analista ambiental Leonardo Tomaz.
Os fiscais identificaram mais de cem áreas para a garimpagem da cassiterita, espalhadas em cerca de 500 hectares de área, onde o meio ambiente foi gravemente danificado. Entre os graves impactos ambientais observados estavam o deslocamento de grande quantidade de sedimentos para os rios da região, o assoreamento e a contaminação do rio Xingu. "Já podemos dizer que essa garimpagem matou o rio Pium", afirmou Tomaz. Além da fiscalização no garimpo, os fiscais vistoriaram empreendimentos madeireiros na Vila Taboca, onde apreenderam 170m³ de madeira em tora e serrada comercializadas ilegalmente.
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