terça-feira, 2 de outubro de 2012

Escassez na mineração e na moda



Setores da indústria como o mínero-metalúrgico e o de vestuário investem na qualificação de mão de obra para contornar um obstáculo talvez intransponível que preveem. Deste ano até 2016, um consórcio formado em Minas por grandes mineradoras e empresas siderúrgicas estima a necessidade de contratação de 18 mil pessoas, de operadores de máquinas a engenheiros com alta especialização, informa o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), José Fernando Coura. “Podemos afirmar que a preparação de mão de obra não será um gargalo para o setor em Minas. As empresas estão se antecipando”, afirma.

O Ibram mantém estimativas de investimentos de US$ 75 bilhões da mineração no Brasil dentro de cinco anos, apesar da queda dos preços internacionais do minério de ferro, o carro-chefe da produção mineral brasileira. O orçamento será revisto neste mês, a luz dos últimos acontecimentos na economia. Em Minas, a Vale pretende qualificar 2 mil pessoas até 2013, depois de já ter oferecido treinamento para 2,2 mil trabalhadores no ano passado. Por meio de uma programa de especialização, a companhia banca a pós-graduação para engenheiros e geólogos com até três anos de formação nas áreas de mineração, ferrovia e porto.

Entre as indústrias do vestuário, além de um déficit estimado em 3 mil trabalhadores na Região Metropolitana de BH, o setor convive com a perda de mão de obra para setores como a própria construção civil, observa Michel Aburachid, dono da Marcel Philippe Jeans e presidente do sindicato das empresas do setor (Sindvest). “Apesar do mercado fraco, as empresas não têm mão de obra suficiente para atender bem os pedidos”, diz.
Fonte:Estado de Minas

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