Empresa solicitou licença de operação para intensificar os estudos e sondagens na região.
Um dos protagonistas durante o ciclo do ouro em Minas Gerais, na época colonial, o município de Ouro Preto, na região Central do Estado, pode voltar a ganhar relevância no cenário nacional da produção do metal precioso. que a Kinross Brasil Mineração S/A, subsidiária da canadense Kinross Gold Corporation, já solicitou à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) a licença de operação (LO) para intensificar as pesquisas e sondagens em uma área conhecida como Alvo Doutor, a sudeste do Quadrilátero Ferrífero, onde a mineradora já identificou potencial de exploração.
A mineradora, que tem ações negociadas nas bolsas de valores de Toronto e Nova Iorque, se limitou a afirmar que o referido processo de licenciamento não inclui atividade de lavra. O prefeito de Ouro Preto, ngelo Oswaldo, afirmou que o local fica na bacia do rio das Velhas e que existem levantamentos que indicam potencial significativo para exploração de ouro e minério de ferro na área.
Conforme o relatório da Semad, que julga na próxima segunda-feira a solicitação da licença, as sondagens pretendidas pela Kinross possibilitarão à mineradora coletar amostras para análises que permitirão à companhia calcular a quantidade e a qualidade do minério de ouro no local. Esta etapa, precede a implantação de um complexo minerador.
Inicialmente, estavam programados 30 furos, mas dois deles foram descartados porque estavam dentro da Área de Proteção Ambiental da Cachoeira das Andorinhas. A Kinross, ainda de acordo com as informações contidas no relatório da Semad, prevê que as sondagens demandem um total de 15 trabalhadores, divididos em dois turnos de 12 horas.
Atuação - No Brasil, a Kinross, atua nas atividades de pesquisa e desenvolvimento mineral, mineração, beneficiamento e comercialização de ouro. A companhia é a maior produtora de ouro do país, responsável por 25% da produção nacional. Com sede administrativa na Capital, a empresa mantém operação na mina Morro do Ouro, em Paracatu, no Noroeste de Minas.
Hoje, conforme informações da mineradora, o complexo produz a um ritmo de 17 toneladas de ouro por ano. O ativo, o qual a Kinross assumiu o controle das operações em 2005 - antes, a mina pertencia à Rio Paracatu Mineração - tem vida últil estimada até 2042 e, entre 2010 e 2012, a companhia prevê investimentos da ordem de US$ 1 bilhão no complexo.
A unidade de Paracatu é um importante empreendimento industrial da região, respondendo por 22% dos postos de trabalho formais do município. São cerca de 1,3 mil empregos diretos e mais de 2,5 mil terceirizados. No mundo, o grupo com sede no Canadá, emprega mais de oito mil pessoas e, em 2011, passou de oitavo para quinto maior produtor mundial de ouro.
Riacho - Outro projeto para a produção de ouro no Estado é o da Mineração Riacho dos Machados (MRDM), subsidiária da também canadense Carpathian Gold Inc. A empresa já contratou as empreiteiras que tocarão as obras civis do empreendimento destinado à exploração de reservas de ouro e minério de ferro em uma área de aproximadamente 600 hectares, em Riacho dos Machados, no Norte de Minas.
A licença de instalação do empreendimento foi deferida pela Semad à companhia no final de novembro do ano passado com 51 condicionantes, motivo pelo qual as obras atrasaram.A companhia já recebeu US$ 160 milhões financiados pelo Macquarie Bank, do Canadá. O aporte está bastante atrasado em relação aos planos iniciais da mineradora, que firmou protocolo de intenções com o governo de Minas em setembro de 2009 e tinha o start up programado para este ano.
A jazida lavrável do insumo chegou a ser estimada em 15 milhões de toneladas, mas a empresa já confirmou que a reserva alcança 18 milhões de toneladas de minério. Já a concentração de ouro, de acordo com os levantamentos realizados até agora, é da ordem de 3 gramas por tonelada lavrável, o que possibilita uma produção anual de 100 mil onças ou três toneladas do metal por ano.
fonte:ETC Comunicação Empresarial
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