Junto com a cerâmica, segmento fortalece as cidades da região
A produção de revestimentos cerâmicos e a extração mineral de carvão movimentam a economia do Sul há décadas e continuam na liderança entre as cadeias produtivas da região, com investimentos e perspectiva de crescimento. As duas principais economias do Sul catarinense ainda são a cerâmica e o carvão.
A extração do minério e a produção de pisos e revestimentos, que tornou a região famosa em todo o país no século passado, permanecem como as principais atividades da região. O carvão representa 4% da economia regional em Santa Catarina, e a fabricação de produtos cerâmicos soma outros 4,2%.
A produção do carvão mineral usado como fonte de energia em SC oscilou de 2,7 mil toneladas em 2009 para 2,32 mil toneladas no ano seguinte e 2,36 mil toneladas em 2011, de acordo com dados da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), em função do aumento de oferta do gás como combustível.
No entanto, o Estado, que extrai o segundo maior volume do minério no Brasil, contribui com 39% do que é produzido em todo o país, atrás apenas do Rio Grande do Sul, que detém as maiores jazidas e produz 59%. Em terceiro lugar vem o Paraná, com 2%.
Grande parte do que é extraído no Sul catarinense segue para abastecer o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, que consome, no mínimo, 200 mil toneladas mensais, de acordo com Cleber Gomes, consultor da Carbonífera Catarinense na área de planejamento e produção.
Deste montante, 23 mil toneladas são produzidas pela empresa de extração que fica em Lauro Müller e está no mercado desde 1999. As 3 mil toneladas restantes são comercializadas para abastecer os fornos das cerâmicas da região.
A Carbonífera Catarinense é uma das 10 empresas do setor na região Sul do Estado. Neste ano, o faturamento projetado é de R$ 60 milhões e a previsão para 2013 é de atingir os R$ 65 milhões.
A idade do carvão extraído nas duas jazidas da extratora chega a 170 milhões de anos, e a estimativa é de que o potencial existente ainda renda extração durante os próximos 102 anos, apenas em uma das camadas, onde há 108 milhões de toneladas conforme estudos feitos no local.
O próximo investimento da Carbonífera Catarinense, explica Gomes, será a compra de uma máquina que fará a lavação do carvão bruto em menos tempo e com mais qualidade.
Além do equipamento, chamado ciclone de meio denso, toda a estrutura complementar para o beneficiamento do material será implantada no local em 2013, com um investimento de R$ 2,5 milhões.
— A perspectiva é positiva — garante.
Reservas são de quase 10% do país
Gomes diz isso porque o consumo do principal cliente está subindo de 200 mil toneladas mensais, em média, para acima de 300 mil toneladas, o que vai beneficiar todo o setor.
De acordo com as estimativas do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão de SC (Siesesc), as reservas em Santa Catarina chegam a 3,06 bilhões de toneladas (9,64% do total brasileiro), atrás do RS e à frente do PR.
Potencial extraído
As jazidas vão garantir 102 anos de exploração do carvão apenas em uma camada, em Lauro Müller, onde há 108 milhões de toneladas do minério, com cerca de 170 milhões de anos de existência.
fonte: Jornal de Santa Catarina
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