quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Perspectiva pra a mineração se mantêm positivas 




Apesar da crise econômica mundial e do recente movimento de baixa nos preços das commodities minerais, as perspectivas para a indústria de mineração permanecem positivas. Foi o que expressaram quatro executivos de grandes empresas mundiais de mineração durante a Minexpo 2012, principal exposição mundial de equipamentos e tecnologias para a indústria mineral, realizada na cidade de Las Vegas, EUA, de 24 a 26 de setembro. Para esses executivos, a demanda por minerais deve continuar crescente, puxada pela aceleração da urbanização e do consumo de energia nos países em desenvolvimento, principalmente China, Índia e continente africano. Eles consideram, no entanto, que a indústria de mineração tem desafios cada vez maiores, decorrentes da queda de qualidade dos depósitos minerais, carência de engenheiros de minas e incertezas no sistema financeiro global.

Red Conger, da Freeport-McMoran Americas, um dos líderes na produção mundial de cobre, disse que o mercado atualmente está equilibrado: mesmo que a demanda por cobre cresça modestamente (2% anualmente), o suprimento continuará sendo um desafio. Gregory Boyce, CEO da Peabody Energy, prevê um forte crescimento na demanda global por carvão, puxado pela expansão das economias asiáticas. Ele lembrou que atualmente 3,6 bilhões de pessoas no mundo ainda não têm acesso a energia e que o carvão ainda é uma das principais fontes de energia. Richard O´Brien, CEO da Newmont, um dos líderes na produção de ouro, apontou uma forte intervenção dos bancos centrais no mercado mundial de ouro, aumentando as compras governamentais em 500% na última década. “Ao mesmo tempo, o suprimento de ouro novo para o mercado tem sido restringido por maiores dificuldades nas condições de mineração.

Hoje a extração de ouro se baseia não em grandes veios, mas em gramas por tonelada”, afirmou. Por fim, o CEO da Joy Global Inc., um dos grandes fabricantes de equipamentos de mineração, disse que os países em desenvolvimento da Ásia estão apenas no meio do caminho em sua curva de crescimento, se medida pela intensidade do consumo per capita de metal. Para ele, a China está hoje onde o Japão estava nos anos 1950. Para os quatro executivos, o atendimento da demanda por minerais e metais exigirá das empresas investimentos em eficiência, produtividade, tecnologia e recursos humanos, além de executar a atividade de forma ambientalmente correta e segura, sob pena de não obter a licença social para operar.
Fonte: Brasil Mineral

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