quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Vale obtém licença de operação para Salobo


A Vale informa que recebeu a licença de operação (LO), emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), para o projeto de cobre Salobo no estado do Pará. Salobo é o segundo projeto greenfield* desenvolvido pela Vale no Brasil e tem capacidade nominal estimada de 100 mil toneladas anuais de cobre em concentrado.

Salobo iniciou o ramp-up com suas duas linhas de produção operando desde junho, e envolve a operação integrada de lavra a céu aberto, beneficiamento, transporte e embarque. O escoamento da produção é feito por rodovia, da mina até terminal ferroviário existente da Vale em Parauapebas (PA), de onde é transportada pela Estrada de Ferro Carajás até o terminal marítimo de Ponta da Madeira (MA).

Os investimentos totalizarão US$ 2,507 bilhões em Salobo. Simultaneamente, a Vale já investe em sua expansão – Salobo II – que entrará em operação no primeiro semestre de 2014 com capex esperado de US$ 1,707 bilhões, aumentando a capacidade de produção para 200 mil toneladas anuais de cobre em concentrado. As reservas de Salobo englobam 1,112 bilhões de toneladas provadas e prováveis, com teor médio de 0,69% de cobre e 0,43 gramas de ouro por tonelada.

O Salobo contribui diretamente para o desenvolvimento socioeconômico de Marabá (PA) e Parauapebas (PA), municípios que estão na área de influência do empreendimento, ao promover a instalação de empresas prestadoras de serviços nessas cidades, ampliando a oferta de trabalho e renda na região.

Cadeia produtiva

A mina do Salobo é a céu aberto. Depois de lavrado, o minério é transportado por caminhões fora-de-estrada até a britagem, onde tem o seu tamanho reduzido. Na etapa seguinte, esse minério chega ao roller press, um equipamento formado por dois rolos, que giram em sentidos opostos, fragmentando o produto, graças à ação de rotação e pressão do equipamento. Logo após, o minério passa por moinhos e uma bateria de ciclones até chegar às áreas de flotação e filtragem, etapa final do processo, que resulta em um concentrado, variando de 36% a 40% de cobre.

Tecnologia

O diferencial tecnológico está presente na usina do Salobo, agregando mais eficiência à operação e um menor consumo de energia e de água, em função do roller press, capaz de resistir ao grande esforço no beneficiamento de um minério tão resistente como o cobre. A planta do Salobo permitirá ainda o reaproveitamento de aproximadamente 98% de toda a água utilizada no processo de beneficiamento do minério.

Desenvolvimento socioeconômico

Durante a fase de implantação do Salobo, iniciada em 2007, a Vale investiu R$ 14,8 milhões em educação, saúde e infraestrutura em Marabá e Parauapebas. Na área de saúde foram realizadas reformas de postos de saúde, compra de equipamentos hospitalares, entre outros. Na área de educação, os municípios foram contemplados com reforma, construção e ampliação de escolas, ginásios esportivos e quadras poliesportivas. Em Marabá, foi desenvolvido também um programa de cooperação técnico-educacional com o antigo Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará (Cefet), atual Instituto Federal do Pará (IFPA), que resultou na implantação de cursos técnicos profissionalizantes de nível médio em mecânica, eletrotécnica e química.

A pavimentação de estradas marcou os investimentos em infraestrutura. Em Marabá, a Vale viabilizou a construção da Estrada das Mangueiras, ligação viária entre núcleos urbanos do município. Em Parauapebas, foi construída a estrada que liga o empreendimento à sede municipal, assim como as vias rurais que dão acesso às vilas Sansão e Paulo Fonteles, que estão sendo pavimentadas.

Ainda na fase de construção do projeto, Vale também celebrou convênios com o Sistema Nacional de Empregos (Sine), com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e com a entidade filantrópica Obra Kolping do Brasil. Estas iniciativas permitiram o acesso gratuito da comunidade a cursos que fizeram parte do Programa de Preparação para o Mercado de Trabalho.

* – Jargão de mercado para projetos incipientes, ainda em fase inicial. Nesta situação, um investidor investe recursos na construção de uma estrutura necessária para a operação.

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