quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Governo prepara expansão mineral de R$ 11 bilhões 


Meta é melhorar mobilidade, saúde e saneamento nas cidades atingidas

O governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru), assina na próxima segunda-feira a ordem de serviço para elaboração do Plano Regional Estratégico em torno de grandes projetos minerários do Norte de Minas (que compreende as microrregiões de Janaúba, Salinas e Grão Mogol) e do Plano Regional Estratégico em torno de grandes projetos minerários no Médio Espinhaço. Nos próximos anos a previsão é que estas regiões recebam investimentos acima de R$ 11 bilhões na exploração de jazidas de minério de ferro por empresas nacionais e multinacionais, entre elas Vale e Anglo Ferrous.

Tais planos são instrumentos de planejamento que visam subsidiar a construção de políticas públicas através de uma carteira de investimentos prioritários para diminuir os impactos nas localidades que vão receber grandes empreendimentos. O plano vai traçar diretrizes para a estruturação dos municípios nas áreas da saúde, educação, defesa social, formação profissional, mobilidade urbana, habitação e saneamento, entre outros, visando atender o aumento de demandas a curto, médio e longo prazo.

Para a elaboração dos planos, o governo de Minas vai investir R$ 755 mil, sendo R$ 380 mil para o plano do Norte do Estado e R$ 370 mil para o Médio Espinhaço. Os planos, que serão elaborados pela UFMG, tem previsão de serem entregues no final de 2013.

O plano estratégico para a região Norte do Estado vai traçar um diagnóstico dos 37 municípios localizados nas microrregiões de Salinas, Janaúba e Grão Mogol, que receberão os impactos da chegada de grandes mineradoras que até 2014 vão investir na região cerca R$ 8 bilhões, gerando cerca de 9.500 empregos diretos e mais de 10 mil indiretos.

O Médio Espinhaço, especialmente a microrregião de Conceição do Mato Dentro, é atualmente receptor de investimentos no setor minerário. Estima-se que nos próximos anos sejam investidos na região cerca de R$ 4 bilhões. O Plano Estratégico surge para os 15 municípios que vão sofrer com os impactos inerentes a estes investimentos como ferramenta capaz de proporcionar uma agenda de desenvolvimento, com orientações para um melhor aproveitamento econômico social dos recursos que vão chegar.
fonte: O Tempo

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