segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Paranapanema fará investimento em unidade de metais preciosos na Bahia 


A Paranapanema pretende investir R$ 30 milhões, a partir de 2014, em uma unidade de mineração de metais preciosos na Bahia, disse Luiz Antônio Ferraz Júnior, presidente da empresa.


Com a nova unidade, que será montada no complexo de produção de cobre metálico da empresa em Dias DÁvila, a companhia quer aproveitar os metais que são extraídos no processo de transformação do minério de cobre em metal, como ouro e elementos do grupo da platina.

Atualmente, a Paranapanema produz em torno de 220 mil toneladas de cobre por ano nessa usina, volume que será elevado a 280 mil toneladas em meados de 2013 e pode chegar a uma capacidade de 320 mil toneladas.

Como aumento da capacidade no ano que vem, a transformadora de cobre espera crescer 4% acima do avanço do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A companhia divulgou seus resultados referentes ao terceiro trimestre na última semana, com prejuízo de R$ 177 milhões, contra lucro de R$ 6,3 milhões um ano antes, e queda de 14,7% na receita líquida, para R$ 894,7 milhões.

Estamos em um momento de inflexão e estamos otimistas para o quarto trimestre e para 2013, afirmou o executivo. Os números deste ano sofreram impacto da parada de 74 dias da unidade da Bahia neste ano, para modernização e ampliação.

A fábrica de tubos de cobre de Utinga, em Santo André (SP), deve ajudar a companhia a melhorar seus números no ano que vem. A unidade recebeu investimentos de R$ 143 milhões e deve dar início a uma produção de 36 mil toneladas no primeiro trimestre de 2013.

O executivo acredita ainda que as vendas serão favorecidas por um aumento de demanda por cobre para projetos de infraestrutura do Brasil. Investimentos para os jogos olímpicos e para o programa Minha Casa, Minha Vida vão levar cobre, afirma Ferraz, que também aposta no aumento do consumo de linha branca e automóveis no país.

Outro benefício que a empresa começa a ter a partir do ano que vem da Resolução 13, aprovada no início do mês pelo governo. A medida elimina incentivos fiscais para produtos importados - o que inclui a cadeia do cobre - tornando preços da Paranapanema mais competitivos.

O projeto da fábrica de laminados a quente, em São Mateus (ES), no entanto, está em revisão, e deve ter sua capacidade de produção elevada de 60 mil toneladas para 200 mil toneladas anuais com a chegada de equipamentos de uma fábrica comprada na Polônia. A instalação de laminados a frio, em Santo André, também terá equipamentos poloneses, o que deve aumentar a produção de 28 mil toneladas para 55 mil toneladas. Nas duas unidades, a Paranapanema está investindo R$ 312 milhões.
Fonte: Valor Econômico

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